Francisco Pavlovic nasceu na Eslovênia (Postojna) em 29 de outubro de 1892. Filho de Gasparus Pavlovic e Maria Smerdel. Estudou pintura e escultura na Escola Superior de Artes Aplicadas em Viena, Áustria, na época do Imperador Francisco José. Lutou dois anos na Primeira Guerra Mundial; capturado pelo exército russo foi mantido em campo de concentração. Durante esses dois anos em que esteve preso pintou vários quadros para militares russos, o que lhe garantiu um tratamento diferenciado. Em liberdade, conviveu com artistas de diversas correntes em Viena e desenvolveu seus trabalhos em países do leste europeu e na Itália. Chega ao Brasil em 1923, aos trinta e um anos de idade, quando sua pátria ainda sofria as transformações causadas pela Guerra, e estabelece residência em Pirajuí, cidade do interior paulista onde seu irmão Luiz Pavlovic já morava. Casa-se em 01 de novembro de 1923, em Pirajuí com Antonia Penko também natural da Eslovênia (Postojna). Seu primogênito nasce em 1924 e falece aos 11 meses de idade. Seu segundo filho nasce em 1926 na cidade de Cafelândia, SP, atualmente residente em Marília, SP, e seu terceiro filho nasce em 1929, também em Cafelândia, e falece em 1984, em São Paulo. Em 1978, sua esposa faleceu aos 83 anos de idade na cidade de Cafelândia. Pavlovic morou em Cafelândia quase toda sua vida e nos últimos anos de vida em Oriente, SP. Falece em 21 de setembro de 1981, com 89 anos de idade em Oriente, e é sepultado no Cemitério Municipal de Cafelândia em 22 de setembro. Embora introvertido, era muito admirado por aqueles que o conheceram pessoalmente. Gostava de coisas simples e preferiu viver no anonimato. Não assinava os painéis que pintava nas igrejas. Especialista em arte sacra, trouxe para o Brasil, a profissão de Pintor-Decorador de Igrejas aprendida com mestres europeus. Pintou e decorou igrejas e capelas no interior do estado de São Paulo (doze cidades) e uma no Paraná, no período de 1923 a 1966. Neste período, dedicou-se a pintura de igrejas, mas pintou também quadros (óleo sobre tela), como "A Sagrada Família", "A Santa Ceia", "Sagrado Coração de Jesus", "Adão e Eva" entre outros. A partir de 1966, já com 74 anos de idade, dedica-se inteiramente a pintura de quadros (óleo sobre tela e óleo sobre madeira). Nessa fase, seu tema preferido foi a natureza, ilustrada através de paisagens e flores. Sua última tela, ainda inacabada, demonstra uma mudança do estilo anterior. Adalberto Lovato Angélica Zoqui Paulovic Sabadini |